22 de jan. de 2012

JESUS



Por Tia Neiva
“Quero Jesus, o Caminheiro; quero Jesus, o Nazareno; quero Jesus redivivo; quero Jesus de Reili e Dubale. Eu não gosto que falem em Jesus crucificado. Quem somos nós para entrarmos nesse mérito? Jesus crucificado, ao lado do bom ladrão e do mau ladrão. Na maioria, os Homens só dão valor a Jesus por ter sido crucificado, e muitos já querem, também, se libertar do Jesus crucificado, dizendo que Ele tinha corpo fluídico. Não é verdade: Jesus passou por todas as dores do Homem físico da Terra. Não gosto que falem em Jesus crucificado porque poucos entendem, poucos sabem de Sua dor! Sabemos que Ele olhava para o Céu e estava perto de Deus, naquele grande cenário. Porém, olhando para baixo, sentiu-se entristecido ao ver o regozijo dos planos inferiores, a incompreensão daqueles que o olhavam sofrer na cruz. Jesus chorou porque, subindo tão alto, deixando seus irmãos na individualidade, viu que eles ainda não acreditavam que era Ele, realmente, o Messias, obedecendo às leis de Deus Pai Todo Poderoso. Exato: os Homens, há pouco, Lhe haviam permitido tudo, pensando ser Ele um rei, mas igual a um rei deste mundo físico. Entramos com a filosofia de Mãe Yara, que nada é obrigatório. O povo daquela época não raciocinava como se aquela atitude de Jesus fosse de humildade. Raciocinava, sim, como se fosse uma falta de força. Continuando com a filosofia de Mãe Yara, até hoje Deus não nos quer obrigado às doutrinas. O Homem só tem confiança no outro quando o vê com uma força maior. Longe estavam de sentir o poder de Jesus e, então, nos diz Mãe Yara: O Homem deixa sua grande força e vai buscar outra força, uma pessoa que, às vezes, nada promete. Assim, ele não permite que seu sexto sentido faça uma análise do seu Sol Interior, nos três reinos de sua natureza, rejeitando, na sua vida, a busca do que é seu. Jesus veio com todo aquele sofrimento e deixou que cada um o analisasse por si mesmo, em sua própria filosofia. O que eu quero é que vocês se conscientizem em Jesus, no Seu amor que era tão grande. Foi tão grande, é tão grande, e veio parta nos mostrar que a felicidade não é somente neste mundo. Meu filho Jaguar! Neste mundo de provações, num mundo onde as razões ainda se encontram, a cada dia nos afloram novos pensamentos, novas lições. Porém, os planos espirituais ainda não conseguiram apagar as imagens de Jesus crucificado. Aqui no plano físico, desde quando foi escrito o Santo Evangelho, seus ensinamentos são iguais e, até hoje, ninguém se atreveu a mudá-los. O Homem ama pela força perceptível e receptível. Ninguém acredita na ressurreição dos mortos e, sim, na ressurreição do espírito vivo, mais alto que o Céu! O Homem só quer crer nas alturas, acima do seu olhar... Estamos no limiar do Terceiro Milênio e temos que afiar nossas garras! É hora da religião, do desintegrar das forças, e não podemos nos esquecer, por um só momento, da figura de Jesus, o Caminheiro, e de Seu Santo Evangelho. E para que sejamos vivos ao lado de Jesus, temos que respeitá-Lo em todos os sentidos e, no sentido religioso, temos que respeitar as tradições, porque a religião exige o bom propósito moral e social. Assim, a única maneira que podemos dizer é: vivemos num mundo onde as razões se encontram. No descortinar da minha mediunidade, minha instrutora - Mãe Yara - não me deixou cair no plano de muitos, e me advertia a toda hora. Eu podia sofrer, mas Mãe Yara e Pai João não me deixavam sem aquelas reprimendas. Não tinha importância que eu sofresse, desde que minha obra seguisse seu curso normal e eu fosse verdadeira. Em 1958, eu estava no auge de minhas alucinações, como diziam as demais pessoas que me conheciam. Quando eu trabalhava na NOVACAP, um dia me sentei num restaurante, porque me distanciara de casa. Estava conversando com três colegas e falávamos sobre nosso trabalho. Entramos no Maracangalha, um restaurante da Cidade Livre. Trouxeram uma travessa com bifes, por sinal muito bonitos. E era sexta-feira da Paixão! Eu tinha os princípios da Igreja Católica, mas nada levei em consideração e coloquei o bife no prato. Naquele instante (na vibração e na desarmonia em que eu vivia), ouvi uns estampidos e vi Mãe Yara. “Filha - disse Ela - continuas como eras... Já estás tão desajustada que esqueces dos princípios da Igreja Católica Apostólica Romana? Alerta-te! Cuida dos teus sentimentos. O dia de hoje representa, em todos os planos, os mesmos sentimentos por Jesus crucificado. Em todos os planos deste Universo que nos é conhecido sentimos respeito! Filha, está na hora: devolva o teu bife para a travessa do restaurante!” Eu estava na companhia de três pessoas, como já disse, e vi que não comiam a carne. Eles ainda não acreditavam em mim, entre a mediunidade e a loucura... “Coma amanhã - continuou Mãe Yara -. Não irás mais festejar as incompreensões, as fraquezas daquele pobre instrumento que foi Judas!...”   Naquele instante comecei a pensar. Começaram a passar por minha cabeça imagens de Judas, que vendeu Jesus por trinta dinheiros. Mãe Yara, alheia aos meus pensamentos, continuava: “Judas não foi um traidor. Foi, sim, um supersticioso. Na sua incompreensão, acreditou ser Jesus um líder político. Judas tivera grandes oportunidades de conhecer Jesus, pois O acompanhava desde sua chegada do Tibete.” Nesse período, como já nos esclarecera Mãe Yara anteriormente, Jesus passou dos 12 aos 30 anos nos Himalaias, para onde fora levado com a permissão de Maria e José, Seus pais. Lá, Ele fora iniciar-se junto às Legiões em Deus Pai Todo Poderoso e formar o que hoje conhecemos como Sistema Crístico, os mundos etéricos. De lá Ele voltaria para o início da Sua tarefa doutrinária evangélica. Foi quando Jesus chamou aqueles humildes pescadores para serem pescadores de almas, e que viriam a ser em número de doze, estando Judas entre os escolhidos. Junto a Jesus, Judas sofreu humilhações nas sinagogas, quando os rabinos voltaram as costas para ele... Enfim, quantas lições recebidas, fenômenos testemunhados!... Mas só os pobres e os miseráveis O conheciam, analisava Judas em sua incompreensão, já cansado das perseguições naquela época, e pensando que, ao forçar um confronto entre Jesus e os homens que O perseguiam, Jesus, com um simples olhar, colocaria por terra toda aquela gente. Pensava, assim, forçá-Lo a usar os Seus poderes e ser, realmente, o rei do mundo. Lembrou-se, também, de quando foram convidados por Jesus para O acompanharem e que o dia estava ruim para pescar, e o Amado Mestre, atirando a rede sobre as águas, a trouxe cheia de peixes. Enfim, Judas não acreditaria que o Grande Mestre passaria por todas aquelas humilhações. Porém, não foi assim. O que viu foi Jesus ser amarrado e, a pontapés, ser levado à presença de Pôncio Pilatos... Não foi remorso. Foi um grande arrependimento, uma grande dor por não haver compreendido a grande missão de Jesus que o levou, chorando, pensando, a enforcar-se numa figueira. Formou-se um temporal, o céu escureceu, como escureceu sua própria alma. Por que vamos rir, festejar a sua grande desgraça?  Entre os diversos conceitos da Igreja que nós respeitamos e, como se tornou uma tradição em todos, ou quase todos sacerdócios, digo: nós não comemos carne às quintas e sextas-feiras da Semana Santa. Nós respeitamos esses conceitos. Eles não nos atrapalham em nossa vida evangélica. E respeitamos as tradições da Igreja Católica, que foi a base de todas as religiões.” (Tia Neiva, 27.4.83)


Tu és uma pessoa muito importante, principalmente para mim! Tu trabalhas, corres daqui para acolá, te banqueteias, cantas e te dás a muitos prazeres, mas nunca me chamas. Ficas triste e depois te alegras, mas não me agradeces. Segues a trilha da Vida, subindo e descendo escadas, mas não te preocupas comigo. Tens ganho muitas coisas na Vida e tens fechado as mãos para mim. Tu sentes amor, ódio, sentes tudo, menos a minha presença. Tu te achas uma pessoa perfeita, mas não te desgastas por mim. Teus sentidos funcionam em perfeita harmonia, mas não são canalizados para mim. Estudas tanto e não me entendes; ganhas e não me ajuda; alegra-te, mas não em mim. Aliás, eu não tenho tido participação em tua vida! Tu te dizes uma pessoa tão inteligente e quase nada sabes a meu respeito. Reclamas dos momentos difíceis, das atribulações, mas não reconheces os tempos bonançosos que te tenho dado. Se enfrentas um problema, reclamas de mim; mas se vives despreocupadamente, não reconheces que isso procede de mim. Se estás triste, me culpa por isso; mas, se estás alegre, não me deixas participar de tua felicidade. Tu falas de tanta gente importante que nunca fez nada por ti, mas não falas de mim, que fiz tudo por ti! Gastas energia em tantas coisas, mas gastá-las para mim seria um desperdício... Por quê? Sabes pormenores da vida de homens que sempre usaram a força bruta para concretizar seus intentos, mas desconheces aquele que sempre usou a força do amor para conquistar os corações. Tu te sujeitas aos homens cruéis, mas não queres fazer o que te peço com toda a humildade! Queres ser uma pessoa próspera na vida, apagas a luz dos mais fracos para que a tua brilhe mais. Entretanto, se fracassas, descarregas tua ira contra mim! Os prazeres da vida te fascinam sobremaneira, e por isso não tens tempo nem para morrer e nem para pensares em mim... Sempre me procuras por último. Se resolves me dar alguma coisa, acabas me dando o resto de tudo. Por quê? Tu corres atrás de uma coroa de glória e te esqueces de que, por tua causa, carreguei uma de espinhos! Buscas entender tantas filosofias mas muito pouco conheces da mensagem que preguei e que realmente é o que liberta o Homem. Tu te apegas tanto a este mundo e te esqueces de que tudo isso passará. Apenas aquilo que o Homem faz para mim perdura para sempre! Levas uma vida de derrotas por desconheceres a vida abundante que emana de mim. Tu julgas muita gente e vês defeito em tudo. Eu conheço a tua maneira de agir, sei  o que fazes e pensas. Sim, eu vejo tudo! Tu obedeces ao teu chefe, que lhe causa tantos dissabores, e não ouves a minha voz  quando te falo do meu amor. Quando precisas, quando te encontras perdido em um labirinto, sabes dirigir-te a mim, chamando-me de Senhor, mas não me obedeces e nem pretendes fazê-lo. Muitas vezes já ouvi afirmares que não existo. Mas, no íntimo, tens medo de mim. Sei que, em alguns momentos, gostarias de te agarrar em mim, mas teu orgulho não deixa! Tranqüilo, fico sereno, com minha mão estendida. Tu lutas por teus ideais, sendo até capaz de morrer por muita coisa, mas se gastares apenas uma gota de suor por minha causa ou a meu serviço, achas que estás fazendo demais e alardeia teu feito. Participas de reuniões onde meu nome é injuriado e não me defendes. Ouves piadas indecentes com o meu nome e também dás gargalhadas. Nunca te fiz mal algum, mas tens vergonha de pregar o meu nome. Quando estás sedento, buscas tantas fontes que já estão secas... por que não vens a mim, beber da Água da Vida? Na verdade, tens corrido atrás do vento... Eu te convido a correr para os meus braços! Eu fiz o Universo e fiz o Homem! Sou tão grande que preencho o mundo, mas posso habitar em teu coração. Tu és um corpo no Universo - eu sou o Universo em teu corpo! Eu sou o caminho, a verdade e a vida - Eu sou Jesus! Estou te aguardando... És muito importante para mim!...
Quando nas horas de íntimo desgosto, o desalento te invadir a alma e as lágrimas te aflorarem aos olhos, busca-me: Eu sou aquele que sabe sufocar-te o pranto e estancar-te as lágrimas! Quando te julgares incompreendido dos que te circundam e vires que em torno há indiferença, acerca-te de mim: Eu sou a Luz, sob cujos raios se aclaram a pureza de tuas intenções e a nobreza de teus sentimentos! Quando se extinguir o teu ânimo para arrastares as vicissitudes da vida e te achares na iminência de desfalecer, chama-me: Eu sou a Força capaz de remover as pedras do teu caminho e sobrepor-te às adversidades do mundo! Quando inclementes te açoitarem os vendavais da sorte e já não souberes onde reclinar a cabeça, corre para junto de mim: Eu sou o Refúgio em cujo seio encontrarás guarida para teu corpo e tranqüilidade para teu espírito! Quando de faltar a calma, nos momentos de maior aflição, e te considerares incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoca-me: Eu sou a Paciência que te faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar nas situações mais difíceis!  Quando te debateres nos paroxismos da dor e tiveres a alma ulcerada pelos abrolhos da vida, grita por mim: Eu sou o Bálsamo que cicatriza as chagas e te minora os padecimentos!  Quando o mundo te iludir com suas promessas falazes e perceberes que ninguém pode te inspirar confiança, vem a mim: Eu sou a Sinceridade que sabe corresponder à franqueza de tuas atitudes e excelsitudes de teus ideais! Quando a tristeza e a melancolia povoarem o teu coração e tudo te causar aborrecimento, chama por mim: Eu sou a Alegria que insufla um novo alento e te faz conhecer os encantos do teu mundo interior!  Quando um a um fenecerem teus ideais mais belos e te sentires no auge do desespero, apela para mim: Eu sou a Esperança que te robustece a fé e te acalenta os sonhos! Quando a impiedade se recusar a  te revelar as faltas e experimentares a dureza do coração humano, procura-me: Eu sou o Perdão que te levanta o ânimo e promove a reabilitação do teu espírito! Quando duvidares de tudo, até de tuas próprias convicções, e o ceticismo avassalar tua alma, recorre a mim: Eu sou a Fé que te inunda de luz e entendimento e te habilita para a conquista da felicidade! Quando já não provares a sublimidade de uma afeição terna e sincera e estiveres desiludido dos sentimentos de teu semelhante, aproxima-te de mim: Eu sou a Renúncia que te ensina a olvidar a ingratidão dos Homens e a esquecer a incompreensão do mundo! Quando, enfim, quiseres saber quem sou, pergunta ao riacho que murmura, ao pássaro que canta, à flor que desabrocha, à estrela que cintila, ao moço que espera e ao velho que recorda... Meu nome significa  AMOR, o remédio para todos os males que atormentam o espírito... Meu nome é Jesus Cristo!...
“Vejamos a rica oportunidade daqueles que viveram na mesma época de Jesus de Nazareth, dos quais pensamos:  Viveram com Jesus, na mesma era, e não souberam evoluir?
Porém, toda Jerusalém se preocupava com o grande profeta Jesus.
Sim, falava-se nas curas do grande Jesus de Nazareth nos comentários em volta do leito de Maria, uma viúva, que tinha uma única filha, Marta. Alguém chegou correndo e avisou:
- Ele está aqui perto! Ele ressuscita os mortos!...
A verdade é que Maria estava semimorta em seu leito. Marta chorava.
Choravam também os demais vizinhos, quando Marta num só pulo se levantou, dizendo:
- Vou chamá-Lo. Vou pedir a Jesus que venha até aqui! Dizem que ele gosta dos humildes. Vou falar com Ele e trazê-Lo. Ele irá curar minha mãezinha!
E jogando um manto sobre os ombros, foi em busca do Profeta.
Chegando ao local, a multidão não a deixou se aproximar. Marta pedia a Deus que Jesus pelo menos olhasse para ela. Porém, Ele estava atendendo a milhares de pessoas, e não a notou.
Marta ficou ali triste e chorosa, com o espírito esperançoso mas, ao mesmo tempo, triste por não ter conseguido falar com Jesus de Nazareth.
Pensava: “Se ao menos Ele me tivesse visto!... Oh, querido Profeta! Olha esta Tua pequena serva!” 
Porém, nada. Jesus não volveu seu olhar para a pequena Marta.
Marta não sabia dizer por quanto tempo ficou ali parada. Já estava escurecendo e, sem esperança, voltou para casa.
De longe, viu muitas pessoas em volta de sua casa. Era quase uma multidão. E sua mãe, que deixara sobre o leito em estado grave, estava de pé, com os braços abertos, rindo e chorando ao mesmo tempo, enquanto dizia:
- Filha, por que não veio com Ele?
Marta perguntou:
- Ele, quem?
Maria respondeu:
- Jesus de Nazareth, o Profeta. Ele me curou. Você não o chamou?“
- Sim, eu O chamei!
- E por que não veio com Ele? Ele é maravilhoso, Ele é a esperança e o amor!...
Marta saiu do êxtase e gritou:
- Oh, minha mãezinha! O Profeta me viu e me ouviu... Deus seja louvado!
Maria disse:
- Filha, vamos aproveitá-Lo?
- Sim, mãe, vamos acompanhá-Lo!
E as duas seguiram Jesus, juntamente com aquela multidão.
Mais uma vez Jesus de Nazareth ensinava a Vida, a verdadeira Vida, que é o Amor.
Marta aprendeu a sua filosofia e os seus ensinamentos: não era preciso ir até Jesus - o importante era estar em paz com ela mesma, ao lado de seus irmãos.
Foi um paraíso para elas. Marta e sua mãe auxiliavam os enfermos e os leprosos a se levantar e os conduziam à frente de Jesus e de seus apóstolos.
Com Ele Marta fez sua Iniciação, e sempre repetia:
- E eu pensava que Jesus não me amava!...
Sim, filho, Jesus ama os que precisam Dele, os fracos e todos que confiam nele”  (Tia Neiva, 18.2.82)
“Quero Jesus, o Caminheiro; quero Jesus, o Nazareno; quero Jesus redivivo; quero Jesus de Reili e Dubale. Eu não gosto que falem em Jesus crucificado. Quem somos nós para entrarmos nesse mérito? Jesus crucificado, ao lado do bom ladrão e do mau ladrão. Na maioria, os Homens só dão valor a Jesus por ter sido crucificado, e muitos já querem, também, se libertar do Jesus crucificado, dizendo que Ele tinha corpo fluídico. Não é verdade: Jesus passou por todas as dores do Homem físico da Terra. Não gosto que falem em Jesus crucificado porque poucos entendem, poucos sabem de Sua dor! Sabemos que Ele olhava para o Céu e estava perto de Deus, naquele grande cenário. Porém, olhando para baixo, sentiu-se entristecido ao ver o regozijo dos planos inferiores, a incompreensão daqueles que o olhavam sofrer na cruz. Jesus chorou porque, subindo tão alto, deixando seus irmãos na individualidade, viu que eles ainda não acreditavam que era Ele, realmente, o Messias, obedecendo às leis de Deus Pai Todo Poderoso. Exato: os Homens, há pouco, Lhe haviam permitido tudo, pensando ser Ele um rei, mas igual a um rei deste mundo físico. Entramos com a filosofia de Mãe Yara, que nada é obrigatório. O povo daquela época não raciocinava como se aquela atitude de Jesus fosse de humildade. Raciocinava, sim, como se fosse uma falta de força. Continuando com a filosofia de Mãe Yara, até hoje Deus não nos quer obrigado às doutrinas. O Homem só tem confiança no outro quando o vê com uma força maior. Longe estavam de sentir o poder de Jesus e, então, nos diz Mãe Yara: O Homem deixa sua grande força e vai buscar outra força, uma pessoa que, às vezes, nada promete. Assim, ele não permite que seu sexto sentido faça uma análise do seu Sol Interior, nos três reinos de sua natureza, rejeitando, na sua vida, a busca do que é seu. Jesus veio com todo aquele sofrimento e deixou que cada um o analisasse por si mesmo, em sua própria filosofia. O que eu quero é que vocês se conscientizem em Jesus, no Seu amor que era tão grande. Foi tão grande, é tão grande, e veio para nos mostrar que a felicidade não é somente neste mundo. Meu filho Jaguar! Neste mundo de provações, num mundo onde as razões ainda se encontram, a cada dia nos afloram novos pensamentos, novas lições. Porém, os planos espirituais ainda não conseguiram apagar as imagens de Jesus crucificado. Aqui no plano físico, desde quando foi escrito o Santo Evangelho, seus ensinamentos são iguais e, até hoje, ninguém se atreveu a mudá-los. O Homem ama pela força perceptível e receptível. Ninguém acredita na ressurreição dos mortos e, sim, na ressurreição do espírito vivo, mais alto que o Céu! O Homem só quer crer nas alturas, acima do seu olhar... Estamos no limiar do Terceiro Milênio e temos que afiar nossas garras! É hora da religião, do desintegrar das forças, e não podemos nos esquecer, por um só momento, da figura de Jesus, o Caminheiro, e de Seu Santo Evangelho. E para que sejamos vivos ao lado de Jesus, temos que respeitá-Lo em todos os sentidos e, no sentido religioso, temos que respeitar as tradições, porque a religião exige o bom propósito moral e social. Assim, a única maneira que podemos dizer é: vivemos num mundo onde as razões se encontram. No descortinar da minha mediunidade, minha instrutora - Mãe Yara - não me deixou cair no plano de muitos, e me advertia a toda hora. Eu podia sofrer, mas Mãe Yara e Pai João não me deixavam sem aquelas reprimendas. Não tinha importância que eu sofresse, desde que minha obra seguisse seu curso normal e eu fosse verdadeira.”  (Tia Neiva, 27.4.83)

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